• Conheça nosso jeito de fazer contabilidade

    Somos uma empresa do setor contábil presente no mercado a mais de 30 anos. A tecnologia nos oferece suporte para automatizar burocracias, simplificar processos repetitivos, aumentando desta forma a produtividade.
    A STS Contabilidade possui uma equipe de Colaboradores com experiência e competência, estando apta a atender empresas de qualquer porte, com a qualidade e excelência necessária para transformar em realidade seu projeto de negócios.

    Entenda como fazemos...

Notícia

STF reduz pauta de questões tributárias

No Superior Tribunal de Justiça (STJ), porém, dois novos casos preocupam a União.

Autor: Bárbara PomboFonte: Valor Econômico

Mesmo em meio às turbulências do mensalão, o Supremo Tribunal Federal (STF) conseguiu enxugar a pauta tributária da União. Três grandes disputas fiscais com impacto de R$ 119 bilhões foram encerradas em 2013. No último ano, nenhuma nova discussão com risco financeiro para a Fazenda Nacional foi levada à Corte, segundo informações do Projeto de Lei Orçamentária (PLO) de 2014, enviado ao Congresso Nacional no dia 29.

No Superior Tribunal de Justiça (STJ), porém, dois novos casos preocupam a União. Em um deles, o governo prevê queda anual de arrecadação de R$ 12,4 bilhões caso os ministros excluam as férias dos trabalhadores do cálculo da contribuição ao Instituto Nacional do Seguro Nacional (INSS).

Para a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), o cenário é de estabilidade no volume de disputas entre Fisco e contribuintes, justificada pela manutenção do modelo de recolhimento de tributos federais. "As discussões que restam são antigas", afirma o procurador-geral-adjunto da PGFN, Fabrício Da Soller. "É natural que reformas estruturais na legislação tributária, como a criação do sistema não cumulativo do PIS e Cofins no início dos anos 2002 e 2003, gere contestações que deságuem no Judiciário. Mas isso não ocorreu nos últimos anos", completa.

O questionamento de alguns setores de que foram onerados com o regime substitutivo de recolhimento da contribuição previdenciária patronal preocupa a Fazenda. A discussão, entretanto, está fora do relatório de riscos fiscais porque ainda não chegou aos tribunais superiores.

Advogados, porém, discordam do prognóstico de estabilidade. "Ao mesmo tempo em que estimula a desistência das ações com a reabertura de prazo do Refis, o governo faz um balanço fiscal mais positivo pensando nos investidores. Quer transparecer que as contestações estão equilibradas", diz o advogado Marcos Joaquim, do escritório Mattos Filho.

Segundo o relatório, restam oito disputas no Supremo. Três delas com bilhões de reais envolvidos: a inclusão do ICMS no cálculo do PIS e da Cofins (R$ 90 bilhões), a cobrança de PIS e Cofins das instituições financeiras (R$ 17 bilhões) e a inclusão das prestadoras de serviço no sistema não cumulativo (R$ 75,5 bilhões). Com alíquota maior e sem créditos gerados na compra de insumos essenciais para a produção, o setor de serviços alega aumento considerável na carga tributária.

Segundo tributaristas, até mesmo as causas julgadas neste ano, pelo Supremo, ainda vão gerar discussões. A Corte considerou inconstitucional a inclusão do ICMS na base de cálculo do PIS e Cofins recolhidos na importação. Mas, a pedido da PGFN, ainda precisa definir se os valores recolhidos a mais pelas empresas precisam ser devolvidos pelo governo. O valor estimado pela Receita Federal é de R$ 34 bilhões entre 2006 e 2010.

Haveria espaço ainda para discussão a respeito da cobrança do Imposto de Renda e CSLL sobre lucros de coligadas e controladas de empresas brasileiras no exterior, analisado pelo STF em abril. "O Supremo não chegou a uma conclusão sobre a tributação de controladas situadas fora de paraísos fiscais", diz o advogado Daniel Lacasa Maya, do Machado Associados. "A aplicação dos tratados internacionais de bitributação sequer foi analisada", completa.

Dependendo apenas de sanção presidencial, a Medida Provisória nº 615 sinaliza a intenção do governo de colocar uma pedra sobre as discussões. O projeto aprovado no Senado impede a inclusão do ICMS no cálculo do PIS/Cofins Importação. Além disso, reabre o Refis da Crise para parcelar em até 120 vezes, com desconto de multa e juros, dívidas de coligadas e controladas.

No Superior Tribunal de Justiça, a Fazenda Nacional acendeu o sinal de alerta com o julgamento de um caso da Globex (controladora do Ponto Frio), em fevereiro. Na ocasião, os ministros decidiram que não incide a contribuição previdenciária de 20% sobre as férias dos empregados. O precedente motivou a inclusão da disputa no relatório de riscos fiscais.

A decisão, porém, está suspensa pelo próprio relator do caso diante das críticas da Fazenda Nacional. O processo foi definido, por unanimidade, em menos de cinco minutos sem que o Fisco defendesse seus argumentos na tribuna. Além disso, ocorreu em meio ao julgamento de um repetitivo sobre o mesmo assunto.